A importância da economia solidária para a Educação de Jovens e Adultos.
Segundo ECOSOL DF o conceito de economia solidária parte do pressuposto que:
“Economia Solidária é um
jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para
viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o
ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e
no próprio bem.”
Compreendo o analfabetismo como a declaração
da pobreza, que por consequência condiz com uma sociedade injusta e excludente.
É um dos temas principais discutido na
educação no Brasil desde a lei 9394/96 da LDBEN até os primórdios no novo plano
nacional da educação.
Erradicar
o analfabetismo é a palavra que atrela a educação ao desenvolvimento nacional, porém
na prática está longe de acontecer, a gestão publica da educação tem inegavelmente
frestas que não são fáceis de serem vedadas e obter uma escola publica com
qualidade buscando a emancipação dos alunos, tornando-os críticos e
construtores de sua própria história, que propague a participação e compromisso
de todos ao invés de negligenciar o direito de liberdade, de autonomia, é uma
luta constante.
É
inegável que um dos recursos mais viáveis para extirpar as frestas da EJA seja
a economia solidária que é favorável à inclusão social e vem crescendo
gradativamente na Europa, no Brasil e em outros países segundo a ECOSOL DF é a
solução para erradicar a má distribuição de rendas e desenvolver o crescimento
da autogestão.
É uma
forma cooperativista, coletiva que dentro da EJA o bem maior são os jovens e
adultos de nosso país, marcados por estigma de “analfabetos”. Que oportuniza através
do meio e da história de cada um facilitadores que contribuem para o desenvolvimento
da autoestima, por consequência indefere a exclusão social, reduzindo a
marginalização e o preconceito, outorgando-lhes a emancipação e autonomia,
autores de sua própria história, interagindo com o mundo a sua volta, gerando recolocação
no mercado de trabalho por intermédio da alfabetização, do ensino e
aprendizagem, de uma ação pedagógica efetiva e permanente.
“Ressaltamos neste trabalho a importância da
ação pedagógica da Educação Popular em dialogo com a Economia Solidária frente
à exclusão social e histórica daqueles que declaram não saber ler e escrever,
que vivenciam o “estereotipo de analfabeto” marcados por desigualdade social e
regional, de classe, raça, gênero, geração entre outras. Mulheres e homens
trabalhadores, marcados pela exclusão no processo de escolarização, que
vivenciaram o baixo rendimento, o fracasso escolar e a reprovação – os
excluídos da escola também compõem o quadro do analfabetismo neste país. O
texto também fala que é possível lutar pelo direito coletivo de mulheres e
homens terem acesso ao universo grafocêntrico através da alfabetização. E que
esta, ao dialogar com os princípios da Economia Solidária, retoma a bandeira de
transformação social, libertação e emancipação dos jovens e adultos populares.”
(RODRIGUES EF, CAP1).
Segundo
Rodrigues, Paulo Freire foi pioneiro no Brasil na defesa da autonomia e
emancipação dos sujeitos, na articulação da luta pela igualdade através dos
movimentos sociais, na superação da realidade existente entre oprimido e
opressores. Foi precursor na educação de jovens e adultos com métodos
diferenciados de alfabetização.
Infelizmente
sofremos da “aculturação” egoísta nas nossas relações humanas onde não
estimulamos a solidariedade e o coletivismo. E essa falta literalmente de
comprometimento com a inclusão, com não ao preconceito, não a marginalização, é
preciso ser de fato todos os dias granjeado por nós. .
Referências
Vídeo
aulas da Professora Rosemeire dos Santos Brito
EJA e
Economia Solidária: um diálogo entre os princípios da ECOSOL e a prática da
Educação Popular Autora: Estela Fidelis Rodrigues
http://www.ecosolbasebrasilia.com.br/index.php/economia-solidaria/videos/
16/09/2017 21:26hs
Documento
Nacional Preparatório a VI Conferência Internacional de Educação de Adultos VI
CONFINTEA
http://www.espacoeducar.net/2011/06/o-desafio-educacao-de-jovens-e-adultos.html
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad)
O desafio da EJA nos dias atuais
Publicado em 27/09/2017
Autor: Rosilene H. Guilherme