quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A importância da economia solidária para a Educação de Jovens e Adultos.


           A importância da economia solidária para a Educação de Jovens e Adultos. 

          Segundo ECOSOL DF o conceito de economia solidária parte do pressuposto que:             

               “Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.”
       Compreendo o analfabetismo como a declaração da pobreza, que por consequência condiz com uma sociedade injusta e excludente.  É um dos temas principais discutido na educação no Brasil desde a lei 9394/96 da LDBEN até os primórdios no novo plano nacional da educação.
     Erradicar o analfabetismo é a palavra que atrela a educação ao desenvolvimento nacional, porém na prática está longe de acontecer, a gestão publica da educação tem inegavelmente frestas que não são fáceis de serem vedadas e obter uma escola publica com qualidade buscando a emancipação dos alunos, tornando-os críticos e construtores de sua própria história, que propague a participação e compromisso de todos ao invés de negligenciar o direito de liberdade, de autonomia, é uma luta constante.
       É inegável que um dos recursos mais viáveis para extirpar as frestas da EJA seja a economia solidária que é favorável à inclusão social e vem crescendo gradativamente na Europa, no Brasil e em outros países segundo a ECOSOL DF é a solução para erradicar a má distribuição de rendas e desenvolver o crescimento da autogestão.
       É uma forma cooperativista, coletiva que dentro da EJA o bem maior são os jovens e adultos de nosso país, marcados por estigma de “analfabetos”. Que oportuniza através do meio e da história de cada um facilitadores que contribuem para o desenvolvimento da autoestima, por consequência indefere a exclusão social, reduzindo a marginalização e o preconceito, outorgando-lhes a emancipação e autonomia, autores de sua própria história, interagindo com o mundo a sua volta, gerando recolocação no mercado de trabalho por intermédio da alfabetização, do ensino e aprendizagem, de uma ação pedagógica efetiva e permanente.
“Ressaltamos neste trabalho a importância da ação pedagógica da Educação Popular em dialogo com a Economia Solidária frente à exclusão social e histórica daqueles que declaram não saber ler e escrever, que vivenciam o “estereotipo de analfabeto” marcados por desigualdade social e regional, de classe, raça, gênero, geração entre outras. Mulheres e homens trabalhadores, marcados pela exclusão no processo de escolarização, que vivenciaram o baixo rendimento, o fracasso escolar e a reprovação – os excluídos da escola também compõem o quadro do analfabetismo neste país. O texto também fala que é possível lutar pelo direito coletivo de mulheres e homens terem acesso ao universo grafocêntrico através da alfabetização. E que esta, ao dialogar com os princípios da Economia Solidária, retoma a bandeira de transformação social, libertação e emancipação dos jovens e adultos populares.” (RODRIGUES EF, CAP1).
       Segundo Rodrigues, Paulo Freire foi pioneiro no Brasil na defesa da autonomia e emancipação dos sujeitos, na articulação da luta pela igualdade através dos movimentos sociais, na superação da realidade existente entre oprimido e opressores. Foi precursor na educação de jovens e adultos com métodos diferenciados de alfabetização.
         Infelizmente sofremos da “aculturação” egoísta nas nossas relações humanas onde não estimulamos a solidariedade e o coletivismo. E essa falta literalmente de comprometimento com a inclusão, com não ao preconceito, não a marginalização, é preciso ser de fato todos os dias granjeado por nós.  . 

       Referências
       Vídeo aulas da Professora Rosemeire dos Santos Brito
      EJA e Economia Solidária: um diálogo entre os princípios da ECOSOL e a prática da Educação Popular Autora: Estela Fidelis Rodrigues
Documento Nacional Preparatório a VI Conferência Internacional de Educação de Adultos VI CONFINTEA
     http://www.espacoeducar.net/2011/06/o-desafio-educacao-de-jovens-e-adultos.html
         Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 

        O desafio da EJA nos dias atuais



Publicado em 27/09/2017
Autor: Rosilene H. Guilherme

Educação popular e movimentos sociais para a educação de jovens e adultos.



             Educação popular e movimentos sociais para a educação de jovens e adultos.
          A educação no Brasil após o século XX deu uma alavancada principalmente nos últimos 10 anos, mas infelizmente está longe de ser um modelo no processo de alfabetização dos jovens e adultos, o numero de analfabeto funcional é assustador, segundo Yamamoto:
 “... no Brasil apenas 8% das pessoas tem plena condição de compreender e se expressar por meio de letras e números, ou seja, oito a cada grupo de cem indivíduos da população.”
        Apesar da facilidade de hoje em dia e o contexto de “todos” terem acesso à escola, a qualidade do ensino e aprendizagem deixa muito a desejar e um dos fatores que contribui negativamente principalmente na educação de jovens e adultos é a falta de motivação que os sujeitos têm ao retornar á escola e retomar os estudos que foram interrompidos, professores distantes e cansados pelas jornadas em mais de um turno, alunos que trabalham fora, má alimentação, entre outros, o acesso e as condições para a frequência escolar nem sempre colaboram favoravelmente.
       A lei da LDB 9394/1996 inciso VII garante aos alunos do EJA o direito a ter acesso ao ensino e aprendizagem condizente com as necessidades dos alunos e situações favoráveis para a permanência e o ir e vir até a escola:
“VII- oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;”
     Os discursos são profusos, porem o que vemos e vivemos dentro dos muros das escolas são caminhos que seguem por um viés prolixo e paliativo para mascarar “crises econômicas”, não é incisivo e eficaz, professores despreparados, alunos desmotivados, fatores estes que desnudam e incidem de forma negativa na educação e formação do EJA.
“As reformas e propostas para a educação brasileira, durante o século XX, foram, em sua maioria, implementadas como paliativos de crises econômicas, de redefinição dos modelos de acumulação vigente e de constituição de novos atores sociais como sujeitos da cena política nacional.” (GONH MDG,2011)
        Não tem como dissociar os movimentos sociais da educação popular de jovens, educar é politizar, é conscientizar, é compreender as necessidades, é praticar a cidadania, é pensar na educação para todos, e essa fusão de informações e fatos do contexto social dos sujeitos é que aprimora o conhecimento e gera inculcações e conclusões que resultam na emancipação social e cultural de cada um.  Toda pratica educativa deveria ser focada na realidade vivida pelo sujeito, possibilitando-lhe: criar, recriar, quebrar paradigmas, produzir, reinventar a partir do seu meio, da sua história, da sua vivência. 
     Compreendo que para haver melhorias é preciso mais confrontos, diálogos pertinentes e incisivos, através do meio acadêmico, políticos, alunos, a comunidade, enfim, a reparação da educação com qualidade focada na emancipação dos jovens e adultos e que ao longo dos tempos deixaram frestas solidificadas pelas forças das desigualdades sócio econômicas. É preciso sanar, extirpar utilizando-se de recursos financeiros, de novas propostas, de movimentos e ações práticas visionadas através da interação de grupos focados na educação da EJA e atreladas à visão e competências que almejem por um futuro com mais possibilidades, com autonomia, emancipação do sujeito de forma mais harmoniosa.
                                                                                      
                                        
                                                                                   Paulo Freire

           Referências
 http://pedagogiaeaduniciditaim.blogspot.com.br/2011/04/educacao-e-movimentos-sociais.html acesso em 31/08/2017 2:52hs
    Documentário Paulo Freire Contemporâneo https://www.youtube.com/watch?v=5y9KMq6G8l8
        Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional de Educação de Adultos VI CONFINTEA
        http://www.espacoeducar.net/2011/06/o-desafio-educacao-de-jovens-e-adultos.html
 O desafio da EJA nos dias atuais

            http://www.cp2.g12.br/alunos/leis/lei_diretrizes_bases.htm 07/09/2017 23:00hs

Publicado em 27/09/2017
Autor: Rosilene H. Guilherme

O EJA No Brasil atual

               

               A necessidade de extirpar o analfabetismo no Brasil é o que vem sendo discutido na educação desde a lei 9394/96 da LDBEN até os primórdios no novo plano nacional da educação, erradicar o analfabetismo é a palavra que atrela a educação ao desenvolvimento nacional, porém na prática está longe de se acontecer, a gestão publica da educação tem inegavelmente frestas que não são fáceis de serem vedadas.
            Inúmeras fontes nos permeiam com dados sobre a educação de jovens e adultos mostrando-nos apesar da preocupação e atenção sobre o assunto contradizem com os números conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) que em 2009 ainda havia 14,1 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais no país, o que correspondia a 9,7% da população nesta faixa etária. Mostram que entre 2004 e 2009 a taxa de analfabetismo caiu 1,8 pontos percentuais.
 “O país, no período pós-LDBEN, apresentou também avanços significativos em alguns indicadores educacionais, entretanto, chega ao século XXI ainda com importantes déficits a serem superados. Em 2006, apesar do índice de analfabetismo ter baixado 3,8% pontos percentuais em relação a 1996, o IBGE registrou a cifra de 14,4 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais no país. Ainda que os dados mostrem que houve redução das taxas de analfabetismo em todas as regiões do país, persiste, contudo, grande variação entre elas: o Nordeste, em pior situação, com uma taxa de 20,7% em 2006; seguido pelo Norte (11,3%); Centro-Oeste (8,3%); Sudeste (6,0%) e Sul (5,7%). Em termos absolutos, a região Nordeste tem o maior número de analfabetos, chegando a 2006 com 7,6 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, seguida pelo Sudeste (3,7 milhões), Sul (1,2 milhão), Norte (1,1 milhão) e Centro-Oeste (0,8 milhão).” “Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional de Educação de Adultos VI CONFINTEA, p14 e p15).
Os dados nos faz repensar sobre quais são de fatos os números de alunos EJA que buscam, aprendem e concluem o ensino fundamental? Além do atendimento não chegar a quem de fato necessita o maior agravante é a queda de matrículas efetuadas nessa modalidade. Por isso a necessidade de assegurar tempo e espaços flexíveis, eu acredito no EAD seria uma forma de alfabetizar e manter o ensino EJA, onde os alunos possam vir a ser editores da sua própria história, dentro do seu próprio contexto.
Porque as matriculas estão caindo, será que a demanda está indo de encontro às necessidades desses alunos? Quais são as razões?
    

Compreendo que ler e escrever são dificultosos, complicados, a aprendizagem envolve vários fatores é importante aproximar o conteúdo ao contexto dos alunos EJA, para tornar a aula instigante e necessária para o sujeito é preciso diferenciar a alfabetização dos alunos EJA pelo ensino efetuado para as crianças, a compreensão tem que ser estimulada, focada e articulada estrategicamente para jovens e adultos.    
Segundo o Documento Nacional Preparatório a VI Conferência Internacional de Educação de Adultos VI CONFINTEA
“Tempos e espaços na organização da EJA são fundamentais para possibilitar que aprendizados escolares se façam. Para além dos instituídos, cabe instituir tempos e espaços outros, de forma a atender a diversidade de modos pelos quais jovens e adultos podem estar na escola, sem acelerar/aligeirar processos de aprendizagem dos educandos, mas ampliando e socializando saberes. São as necessidades da vida, desejos a realizar, metas a cumprir que ditam as disposições desses sujeitos e, por isso, a importância de organizar e assegurar tempos e espaços flexíveis, em todos os segmentos, garantindo o direito à educação e aprendizagens ao longo da vida. As políticas de EJA, dentre essas as de alfabetização, vêm disputando concepções sobre o que é alfabetizar e garantir o direito à educação para jovens e adultos. A perspectiva é de formar leitores e escritores autônomos, que dominem o código lingüístico, mas que também sejam capazes de atribuir sentidos e recriar histórias; de compreender criticamente sua realidade intervindo para transformar (a práxis), pela escrita, sem prejuízo de outras formas de expressão como imagens, o que vai além do que tem sido observado em muitas práticas de alfabetização na EJA. O mundo contemporâneo exige o leitor de diversos códigos, do múltiplo, do diverso, perspicaz na interpretação e com capacidade de atribuir sentidos com toda a liberdade, para além da oralidade, campo em que sujeitos jovens e adultos têm domínio.”
       
      

Acredito que o currículo EJA tem que ser estimulador e assim aproximar cada vez mais o sujeito de seu meio, do seu contexto, do seu dia a dia, é preciso dialogar com a sociedade, com os professores reescrever os projetos políticos pedagógicos para que possam sair do papel e que os jovens tenham consciência de que ir a escola é muito mais que um diploma, que criem de fato ansejos e almejem aprender, aprimorar seus conhecimentos, é preciso trabalhar sobre a ótica da diversidade.

  É preciso oportunizar situações que sejam facilitadoras para manterem os alunos EJA nas escolas, como transportes, alimentação, entre outros fatores que provocam o afastamento dos alunos das salas de aulas.
“Reconhecer a intersetorialidade da EJA e potencializá-la implica múltiplos desafios e requer parcerias e envolvimento no processo educativo, com a integração de todas as esferas governamentais (federal, estadual, municipal e distrital) e da sociedade civil, relacionadas com o campo do trabalho, da saúde, do meio ambiente, da segurança pública, da assistência social, das culturas da comunicação, entre outras.” Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional de Educação de Adultos VI CONFINTEA
Referências                                                                          
Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional de Educação de Adultos VI CONFINTEA
http://www.espacoeducar.net/2011/06/o-desafio-educacao-de-jovens-e-adultos.html
 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 

O desafio da EJA nos dias atuais



Publicado em 27/09/2017
Autor: Rosilene H. Guilherme

terça-feira, 27 de junho de 2017

Gestão democrática Educacional - Avaliação do desempenho do aluno

A significância da avaliação do desempenho do aluno dentro da gestão democrática no contexto escolar.

    

            Compreendo que avaliar seja medir o grau de entendimento dos alunos com relação aos objetivos propostos.  A partir dos dados coletados através da avaliação que serão trilhados novos caminhos. Direcionando os alunos para que aja entendimento e alcance do que lhe foi apontado.
Segundo o texto escola de gestores da educação básica:
“A avaliação objetiva identificar em que medida os resultados alcançados até então estão próximos ou distantes dos objetivos propostos e, se possível, descobrir as razões desta proximidade ou distanciamento, para permitir que o novo planejamento a ser realizado possa resolver os problemas com mais precisão. Isto serve tanto para avaliação institucional quanto para a avaliação da aprendizagem. Isto é, quando na prática pedagógica avaliamos os nossos alunos, o que estamos pretendendo com isto? Dar conta de uma tarefa necessária? Definir quais serão promovidos para a série seguinte? Definir os “reprovados”? Não! O objetivo de avaliar os alunos é conhecer o que eles sabem quanto sabem e o quão distante ou perto estão dos objetivos educacionais que lhes foram propostos.”.
               Percebo que avaliar é uma estratégia que contribui não só para os professores, mas da um suporte irrefutável para os gestores, portanto é extremamente importante que os educadores estejam atentos a todos os trabalhos efetuados no dia à  dia escolar, através dos cadernos, dos trabalhos em grupos, recortes, enfim todas as atividades aplicadas dentro e fora da sala de aula para assim identificar às habilidades, a coordenação motora, a aprendizagem do sujeito, dentre outras. É através da avaliação que a gestão escolar consegue extrair dados sobre as competências dos alunos para repassar e serem trabalhados pelos responsáveis.
No texto escola de gestores da educação básica nos traduz que:
“No entanto, tradicionalmente, a avaliação que se realiza de modo sistemático na escola é a direcionada para o aluno, sem que os resultados dessa avaliação sejam referenciados ao contexto em que são produzidos. Ou seja, o fracasso ou o sucesso escolar dos alunos tendem a ser interpretados em uma dimensão individual, não sendo tratados como expressão do próprio sucesso ou fracasso da escola.”
                  Essa avaliação é voltada apenas para o aluno e exprime que a escola atual foca na forma individual de avaliar, corroborando que o sucesso ou fracasso no ensino aprendizagem independe do andamento da escola, esquecendo-se de avaliar o desempenho dos professores, do diretor, do pedagogo, entre outros funcionários, onde os créditos ou descréditos são de responsabilidade apenas do sucesso ou insucesso dos alunos, esquecendo-se de exprimir o empenho ou incompetência dos envolvidos, fica “solto”, sem alicerce, afetando o parecer do trabalho efetuado pelos gestores, professores, entre outros.
Quem avalia os professores? Quem avalia os diretores? Quem avalia os envolvidos com o ensino e aprendizagem dos alunos?
               Sousa nos aponta que a avaliação dos integrantes da escola sempre ocorreu na informalidade, e que:  
“Em realidade, a avaliação dos vários integrantes da escola, e também a avaliação dos vários componentes e das diversas dimensões do trabalho escolar, sempre ocorreram de modo informal. Por exemplo: os professores são avaliados pelos alunos, por seus pares, pelos técnicos e pelos dirigentes da escola. O diretor e outros profissionais são avaliados pelos alunos; a infra-estrutura disponível é sempre analisada como fator que facilita ou dificulta o desenvolvimento das atividades; o currículo é objeto de apreciação, particularmente pelo corpo docente; as relações de trabalho e de poder são analisadas quanto ao seu potencial de promoverem ou não um clima favorável no contexto escolar.”
                   A avaliação fortalece-se a partir do momento em que a função do projeto educacional da escola seja de fato primar pelo compromisso e o zelo com a qualidade do ensino do aluno, onde todos os parâmetros avaliativos sejam formatados e nivelados através de reflexão, do envolvimento, dos valores, do olhar de todos pertencentes à comunidade a qual a instituição faz parte.
"Os critérios de avaliação não são estabelecidos de modo dissociado das posições, crenças, visões de mundo e práticas sociais de quem os concebe, mas emergem da perspectiva filosófica, social e política de quem faz o julgamento e dela são expressão. Assim, os enfoques e critérios assumidos em um processo avaliativo revelam as opções axiológicas dos que dele participam". (Sousa, 1997, p. 127).
            Deixo como questionamento, o que tem sido feito na educação através de leis, por professores, gestores, diálogos com a comunidade, para que a avaliação livre-se do “rotulo de prova” em busca de novas perspectivas junto aos percalços encontrados na trajetória do ensino e aprendizagem, outorgando ao sujeito o direito de errar?

          
Rosilene H. Guilherme 06- 2017          
Referências
Avaliação Institucional: Elementos para discussão Sandra M. Zákia L. Sousa 
             Escola de gestores da educação básica
Dimensões da gestão escolar e suas competências Heloísa Lück 2009
SOUSA, S.Z. Avaliação Escolar e Democratização: o direito de errar. In: AQUINO, J. G. (coord.) Erro e Fracasso na Escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997. (p.125-140)
SOUSA, S.Z. Avaliação Escolar: constatações e perspectivas. Revista de Educação AEC, Brasília -DF, ano 24,nº 94, p.59-66, jan./mar.,1995.
  SOUSA, S.Z. Avaliação Institucional: elementos para discussão. In: O Ensino Municipal e a Educação Brasileira, Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. São Paulo:SME, 1999.

domingo, 12 de março de 2017

Sobre Orientação e Localização, Norte, Sul, Leste ou Oeste?


Norte, Sul, Leste ou “Vila” Oeste?

        Os meus conhecimentos sobre orientação e localização, me faz regressar a infância.
       A primeira vez que precisei utilizar de orientação e localização eu tinha 6 anos, íamos sempre ao clube fazer natação eu e meus irmãos, em Belo Horizonte nas Minas Gerais, no bairro de Lurdes.
     Morávamos no Bairro Santa Maria uma distância de uns 30 km do bairro de Lurdes, e meu pai sempre nos levava de carro.
      Porém eu sempre observei os ônibus que passavam em frente a minha casa, e em pleno carnaval em 1972, meus pais deixaram-me  ir a uma matinê com minha irmã e a baba que na época “cuidava de mim”.
      Pegamos o ônibus e chegamos ao clube, não pude entrar na matine, a idade mínima era 10 anos, só podiam entrar minha irmã com 11 anos e a babá então com 16.
    Deixaram-me sentada na porta do clube e lá foram as duas pular carnaval por 4 horas.
          Após 4 horas sentada na porta do clube Atlético Mineiro, o final do baile, fiquei “atenta”, se é que podemos dizer que uma criança de 6 anos fica atenta.
        Passaram por mim, não vi, elas também não, depois de se esbaldar dançando  as marchinhas que até hoje todos cantam, o teu cabelo não nega mulata, mamãe eu quero, o abre alas, etc.,(eu do lado de fora também aprendi a cantar todas) foram embora e já era umas 6 horas da tarde quando vi o clube fechando e ninguém na porta, o breu tomando conta, ai dei por mim que estava sozinha.
     O que fazer agora? Bom ai entra meu primeiro contato e preocupação com orientação e localização, onde que eu estou? Como vou chegar em casa? A quem e o que recorrer?
     Sem choro desci até a avenida amazonas uns 7 quarteirões (que pareciam 20 para uma criança de 6 anos), eu sempre fazia esse caminho com meu irmão mais velho quando meu pai não podia nos levar ao clube, enfim cheguei na Av. Amazonas (na Briquedolândia) uma loja de brinquedos onde era o sonho e paraíso de todas as crianças da minha idade.
      Agora era o ponto crucial, a noite já havia caído e meu irmão sempre falava que eu não podia atravessar a Av. Amazonas sozinha (umas das mais movimentadas de BH). E agora? O ponto do ônibus para ir para casa era do outro lado.
      Bom, sentei na esquina e comecei a chorar, ufa vi o carro do meu pai, mas não consegui alcançar. (Nesse momento minha família já estava em pânico até na radio já havia anunciado, meu sumiço). Voltei para esquina e sentei de novo, não podia atravessar a Av. Amazonas.
        Enfim época da ditadura, mas eu não tinha medo de policia, eis que me aparece um policial militar, e conversa vai, conversa vem me convenceu a me levar pra casa, eu sabia que não podia conversar com estranhos, mas era a única opção que me restava. Na época os ônibus eram coloridos e eu não sabia ler, pelas cores do ônibus eu consegui identificar o ônibus que ia pra minha casa e levei o policial até lá.

        Quando chegamos as 23:00 hs em casa à família estava toda reunida, meus tios, primos que ouviram na rádio já chegavam em casa, minha irmã com a bunda doendo levou uma surra, a babá levou um pito, e eu ganhei uma carteirinha de identificação de “sou mais um amigo da Policia Militar”, nunca vi minha mãe tão feliz. 

         Meu pai chegou bem depois (nessa época não tínhamos telefone em casa), e sei que virou uma festa, e eu não entendi nada.
        Concluo que este foi o meu primeiro contato com localização e orientação e até hoje gravo os pontos de referência é a chave para chegar aos locais.

Autor: Rosilene H. Guilherme