Como falar de ecologia sem conhecer um pouco da história do
município de Anchieta:
"Por volta do ano 1000,
os índios tapuias que habitavam o sul do
Espírito Santo foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de
povos tupis procedentes da Amazônia.
No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, esta era ocupada
pela tribo tupi dos temiminós. A cidade de
Anchieta tem sua origem ligada à aldeia jesuítica de Iriritiba, também chamada Reritiba, termo de origem tupi que significa
"muitas ostras", "ajuntamento de
ostras", pela junção dos termos reri (ostra)
e tyba (ajuntamento). A aldeia foi fundada pelo padre José de Anchieta em 1561, como local de catequese dos índios. O padre
transferiu-se definitivamente para Reritiba em 1587, onde veio a falecer em 9 de junho de 1597. Nesse período, produziu grande parte de sua obra literária e
dramática.
Com a expulsão da Companhia de Jesus das terras portuguesas em 1759, a aldeia de Reritiba recebeu o foro de vila com o nome de Vila
Nova de Benevente. Logo após a partida dos jesuítas, a vila passou por um
período de decadência devido à desocupação da região pela maioria dos nativos.
Em 12 de agosto de 1887, a vila foi elevada à condição
de cidade, recebendo um novo nome: Anchieta, em homenagem ao famoso santo
jesuíta que ali viveu e morreu no século XVI.
A vila tomou novamente impulso em sua economia a partir da chegada, pelo porto
de Benevente, de milhares de colonos italianos entre os anos de 1874 e 1895. Da vila, surgiram, também, as
atuais cidades de Alfredo Chaves, Piúma e Iconha.
Foi em Anchieta, em 1968, que o padre Humberto Pietrogrande fundou o Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo
(MEPES) e a primeira Escola da
Família Agrícola no Brasil, que seria
precursora de centenas de outras experiências ao redor do mundo. ”(Wikipédia
21/01/2018 05:00hs)
A preocupação do município de Anchieta com o meio
ambiente não se restringe apenas ao litoral, ao centro urbano, mas com todo o
seu entorno, toda a zona rural, principalmente com a sua população, onde a
inquietação é com a conscientização através de movimentos e facilitadores que
gerem atitudes favoráveis de manter a cidade e suas reservas naturais imunes de
poluição, de agressões externas, evitando doenças e outras intempéries que são
estimuladas pelo crescimento desordenado provocado pela falta de politica de
planejamento urbano, onde estimula uma preocupante situação de uso e ocupação
do solo em áreas naturalmente de riscos à habitação humana. Áreas que deveriam
ser protegidas para evitar erosão, assoreamento, enchentes, inundações, são
ocupadas.
É imprescindível para evitar a superpopulação nos centros
urbanos favorecer a não migração dos sujeitos que moram no campo e é
apoiando, fortalecendo e facilitando a vida dos moradores rurais que o
crescimento desregrado e o risco de ocupação das áreas de periculosidade diminuem.
Ações e soluções no campo que são efetuadas pelo município de
Anchieta na zona rural para evitar a migração desenfreada são: posto de saúde,
transportes, as escolas rurais (Escola da família agrícola de Olivânia) e
cooperativas que têm como foco manter o sujeito no campo, plantando, produzindo,
vendendo seu produto, retirando o seu sustento e o de sua família da sua terra,
do seu habitat, enfim proporcionar uma vida no campo de qualidade, com
sustentabilidade, autossuficiente que gere recursos sociais e financeiros.
A cidade possui um rico ecossistema a ser conservado e preservado e é
através do projeto IPCMar que as espécies em extinção na praia da Guanabara
onde se encontram as desovas das tartarugas são protegidas, existe uma
preocupação e atenção também com as restingas, as praias, os rios Benevente e
Salinas, as ruínas, o manguezal, matas ciliares entre outros.
É evidente que não podemos negligenciar e não refletir sobre a tragédia provocada pela empresa SAMARCO no município de Mariana em fundão no final do
ano de 2015 ocasionando impactos ambientais às zonas estuarina e marinha da costa capixaba e do sul da Bahia pelos
rejeitos de mineração lançados no Rio
Doce prejudicando a
sustentação da população ribeirinha, das famílias de Anchieta e de outros municípios
que sobreviviam do trabalho na empresa, e é nesse momento de crise que precisamos aproveitar a pausa do funcionamento da SAMARCO em Ubú/Anchieta
para refletir e buscar novas fontes de renda ecologicamente sustentáveis
para o município através do turismo ecológico e utilização do porto para outras
atividades.
Eu enquanto professora, compreendo que devemos
em sala de aula dialogar, produzir e motivar o respeito e a preservação pelo
meio ambiente, é preciso provocar nos alunos o interesse de interagir com o
conteúdo, trazer para dentro das salas de aulas temas onde os sujeitos possam
compreender a ecologia como parte do seu cotidiano, possibilitando torna-los
críticos, reflexivos, através de informações que os aproximem do ecossistema,
oportunizando como ensinamento conscientização e ações que visem melhorias na
qualidade de vida, eco sustentabilidade e o apreço pelo meio ambiente. Tais
ensinamentos devem perpassar os muros da escola conscientizando não só os
alunos, mas todos os familiares, toda a comunidade, através de campanhas
incessantes referenciando minuciosamente as problemáticas ambientais, informações
atreladas a tecnologias, a ética, voltada para a educação ambiental, para a eco
sustentabilidade, aproximando o sujeito ao meio onde ele vive, conduzindo-os
para a compreensão do respeito pelos seres vivos, pela natureza, enfim
compreender que também fazemos parte do meio, e somos responsáveis por ele. A
importância do conhecer o meio em que vive vai além de democratizar o acesso a
todos, é a compreensão do próprio mundo, é a promoção da cidadania, é o
despertar em cada um o interesse de inquirir. Outorgando-lhes a
responsabilidade de comprometer com a sociedade atual favorecendo e
minimizando o impacto ambiental para as próximas gerações.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuvLD1gWXVBo6bEAy9vWLb7Dnl43H-aAvXzY4SlpLkkE_FByDCpRYm8xfOOvE3pt4gMlmkBiyy6gkOg80dRSpYlQ2It3ZytMySxqBd6HFiXLVuxwhMJUV5YD5e9lZmCo2pOe_1SEihSrc/s1600/eco+2.jpg)
Rosilene H. Guilherme 23/01/2018
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Abertura dos ninhos de tartarugas IPCMar - Praia da Guanabara - Anchieta ES.
Fotos do circuitos eco turismo e eco sustentabilidade do Município de Anchieta -
Circuito do Vale Curindiba - Escola Familiar rural de Olivânia - Criação de Tilápias - Entre outros produtos e empreendimentos rurais.
Manguezal, rio Benevente, rio Salinas, Ruínas, Circuitos praias, posto abaré, artesanato da região.
Igreja e Museu do Santuário São José de Anchieta, poço do Coimbra, Casarão de quarentena.
Circuito dos Imigrantes , Cachaça Pratinha, Mulheres do Prata, Sorvetes e picolés Anjo
Circuito Morro do urubú, comunidade, casarão
Fotógrafo: Vinícius Fardin Mendonça
Essas fotos da tag do drive google foram realizadas durante a parte prática do curso que participei de Condutor de Turismo disponibilizado pela secretária de cultura do Município de Anchieta, no segundo semestre de 2017.
Vídeo da Escola Rural 40 anos
https://drive.google.com/drive/folders/1DwmD5APL7zIXPKKVt6spdac71RNHUTlE