sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

“A comunicação humana possibilitando e influenciando a interação entre as pessoas.”

 “A comunicação humana possibilitando e influenciando a interação entre as pessoas.”

Eu tenho a compreensão do processo de comunicação humana enquanto uma forma de partilhar, ou seja, trata-se do ato de se expressar e fazer-se compreender. Assim há a possibilidade de tornar acessível mensagens de forma coesa, coerente, e por vezes, até incoerentes, que são absorvidas e percebidas pelo emissor e repassadas para o receptor, usando recursos como a linguagem e suas funções, os signos, gestos, línguas, danças, arte, desenhos, imagens, dentre outras ferramentas. 

A comunicação se dá também através da socialização, na qual os sujeitos interlocutores apropriam-se dos hábitos e da cultura que lhes são inerentes, por características advindas de seus grupos sociais, entendimentos e diálogos.  Destaco que para torná-la eficaz, isto é, com clareza, consistência e coesão de suas informações, é necessário que os interlocutores construam a comunicação usando recursos que desobstruam ruídos, e assim, possibilitando, influenciando e facilitando o exercício da interação entre os sujeitos. A caracterização da linguagem no processo de comunicação é dependente de vários fatores como o contexto psicossocial de seus interlocutores, ou seja, os sujeitos ativos e passivos da comunicação.

Destarte, a música “Mamãe no face” do cantor Zeca Baleiro nos remete enquanto seres comunicadores, a quebrar paradigmas relacionados a ler, ouvir e pensar sobre a letra, estando assim abertos a novas sonoridades, linguagens e palavras. Ressalto que não me sinto no direito de verberar a letra dessa música, pois o cantor “está na moda”, sendo assim, sua habilidade “mainstream” leva-me a crer que ele é um implacável e lúcido pensador da contemporaneidade.

Portanto, Zeca faz uso da nova linguagem, sendo por vezes coeso, coerente e incoerente, o que faz com que eu enquanto professora, e particularmente enquanto ser humano do século XXI, me sinta instigada a sair da minha “zona de conforto”, para que eu possa aprender, compreender, interpretar e entender essas novas formas de linguagem, e perceber que a compreensão e a comunicação se relacionam ao contexto no qual estão inseridas, bem como de seus sujeitos. É preciso abarcar sobre o que se fala, pra quem fala, a pessoa que fala e como se fala.

A comunicabilidade é um processo contínuo de aprendizagem, desinformação, informações, inter-relações sociais humanas, coletivas e individuais, que perduram durante toda a vida. Atualmente vivemos num momento de sua ressignificação, ligada à mudanças dos pontos de vista, influenciados pela comunicação nas novas mídias e tecnologias, que propagam o dessaber e novos saberes. Sendo assim, é necessário filtrar essa ampla gama de informações que surgem de forma instantânea, para a devida identificação da verdade e das Fakes News, pois o importante é usar bem e de forma útil a grande variedade de recursos para se comunicar. Afinal, já dizia o velho guerreiro: “Quem não se comunica, se trumbica!”

Rosilene H. Guilherme 12/02/2021