segunda-feira, 14 de maio de 2018

Obsolescência programada!!!

Novas tecnologias no cotidiano escolar e o cuidado de não tornar imposição.  
O conceito de obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto. 
Estamos vivendo em uma era de consumismo exagerado tornando-nos presas fáceis dos empresários predadores que armam emboscadas, estratégias de vendas de tecnologias que por vezes tem um diferencial tão impercebível do tipo 1 para o tipo 2, mas com um marketing célere propositalmente para instigar-nos a malbaratar, provocando-nos a acreditar que o produto que temos em mãos é obsoleto.  
Com a globalização nos tornamos próximos das informações, facilitou-nos o poder de compra, o acesso, fazendo-nos escravos do consumo exacerbado, “gourmetizado”, do ter, uma escravidão moderna, maquiada que nem percebemos, dispomos de tecnologias para tudo, comprar e desfazer do que quiser pela internet, pelos sites de trocas e vendas.   
 Portanto questiono o que essa obsolescência programada pode influenciar negativamente no ambiente escolar? O que nós professores podemos discutir sobre esse assunto em sala de aula? O que podemos construir e problematizar para transpor esse impacto, essa condição de imposição? É possível trabalhar no ambiente escolar sem a inclusão de novas tecnologias? 
A conscientização é o caminho, a obsolescência dos produtos gera mais consumo, automaticamente mais lixo, tornando-nos responsáveis por esse problema social, ambiental e econômico. Podemos trabalhar com as crianças com materiais recicláveis, e fazer com que compreendam e conscientizem seus familiares também, utilizar a tecnologia na escola tem que ser por um viés favorável, que suaviza, temos que incentiva-los ao não consumismo exacerbado, a compreensão dos valores humanos, a compreensão de que a tecnologia não é o único meio de aprendizagem, de satisfação, que existem outras formas, que os valores não são somente o “ter”. Enfim menos robotizados, mais humanizados.   
Referências 
Humberto Gessinger- Engenheiros do Hawaí - 3a do Plural 
SELVA, A.C.V. BORBA, R.E.S.R. O uso da calculadora nos anos iniciais do ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. Por Marco Aurélio Kistemann Jr. 
Por Rosilene H. Guilherme