A significância da avaliação do desempenho do aluno dentro da
gestão democrática no contexto escolar.
Compreendo que avaliar seja medir o grau de entendimento dos
alunos com relação aos objetivos propostos. A partir dos dados coletados através da
avaliação que serão trilhados novos caminhos. Direcionando os alunos para que
aja entendimento e alcance do que lhe foi apontado.
Segundo o texto escola de gestores da educação básica:
“A avaliação objetiva identificar em que medida os resultados
alcançados até então estão próximos ou distantes dos objetivos propostos e, se
possível, descobrir as razões desta proximidade ou distanciamento, para
permitir que o novo planejamento a ser realizado possa resolver os problemas com
mais precisão. Isto serve tanto para avaliação institucional quanto para a
avaliação da aprendizagem. Isto é, quando na prática pedagógica avaliamos os
nossos alunos, o que estamos pretendendo com isto? Dar conta de uma tarefa
necessária? Definir quais serão promovidos para a série seguinte? Definir os
“reprovados”? Não! O objetivo de avaliar os alunos é conhecer o que eles sabem quanto
sabem e o quão distante ou perto estão dos objetivos educacionais que lhes
foram propostos.”.
Percebo que avaliar é uma estratégia que contribui não só
para os professores, mas da um suporte irrefutável para os gestores, portanto é
extremamente importante que os educadores estejam atentos a todos os trabalhos
efetuados no dia à dia
escolar, através dos cadernos, dos trabalhos em grupos, recortes, enfim todas as
atividades aplicadas dentro e fora da sala de aula para assim identificar às
habilidades, a coordenação motora, a aprendizagem do sujeito, dentre outras. É através
da avaliação que a gestão escolar consegue extrair dados sobre as competências dos
alunos para repassar e serem trabalhados pelos responsáveis.
No texto escola de gestores da educação básica nos traduz que:
“No entanto, tradicionalmente, a avaliação que se realiza de
modo sistemático na escola é a direcionada para o aluno, sem que os resultados
dessa avaliação sejam referenciados ao contexto em que são produzidos. Ou seja,
o fracasso ou o sucesso escolar dos alunos tendem a ser interpretados em uma
dimensão individual, não sendo tratados como expressão do próprio sucesso ou
fracasso da escola.”
Essa avaliação é voltada apenas para o aluno e exprime que a
escola atual foca na forma individual de avaliar, corroborando que o sucesso ou
fracasso no ensino aprendizagem independe do andamento da escola, esquecendo-se
de avaliar o desempenho dos professores, do diretor, do pedagogo, entre outros
funcionários, onde os créditos ou descréditos são de responsabilidade apenas do
sucesso ou insucesso dos alunos, esquecendo-se de exprimir o empenho ou incompetência
dos envolvidos, fica “solto”, sem alicerce, afetando o parecer do trabalho
efetuado pelos gestores, professores, entre outros.
Quem avalia os professores? Quem avalia os diretores? Quem
avalia os envolvidos com o ensino e aprendizagem dos alunos?
Sousa nos aponta que a avaliação dos integrantes
da escola sempre ocorreu na informalidade, e que:
“Em realidade, a avaliação dos vários integrantes da escola,
e também a avaliação dos vários componentes e das diversas dimensões do
trabalho escolar, sempre ocorreram de modo informal. Por exemplo: os
professores são avaliados pelos alunos, por seus pares, pelos técnicos e pelos
dirigentes da escola. O diretor e outros profissionais são avaliados pelos
alunos; a infra-estrutura disponível é sempre analisada como fator que facilita
ou dificulta o desenvolvimento das atividades; o currículo é objeto de
apreciação, particularmente pelo corpo docente; as relações de trabalho e de
poder são analisadas quanto ao seu potencial de promoverem ou não um clima
favorável no contexto escolar.”
A avaliação fortalece-se a partir do momento em que a função
do projeto educacional da escola seja de fato primar pelo compromisso e o zelo com
a qualidade do ensino do aluno, onde todos os parâmetros avaliativos sejam
formatados e nivelados através de reflexão, do envolvimento, dos valores, do olhar
de todos pertencentes à comunidade a qual a instituição faz parte.
"Os critérios de avaliação não são estabelecidos de modo
dissociado das posições, crenças, visões de mundo e práticas sociais de quem os
concebe, mas emergem da perspectiva filosófica, social e política de quem faz o
julgamento e dela são expressão. Assim, os enfoques e critérios assumidos em um
processo avaliativo revelam as opções axiológicas dos que dele
participam". (Sousa, 1997, p. 127).
Deixo como
questionamento, o que tem sido feito na educação através de leis, por
professores, gestores, diálogos com a comunidade, para que a avaliação livre-se
do “rotulo de prova” em busca de novas perspectivas junto aos percalços encontrados
na trajetória do ensino e aprendizagem, outorgando ao sujeito o direito de
errar?
Rosilene H. Guilherme 06- 2017
Referências
Avaliação
Institucional: Elementos para discussão Sandra M. Zákia L. Sousa
Escola de gestores da educação
básica
Dimensões
da gestão escolar e suas competências Heloísa Lück 2009
SOUSA,
S.Z. Avaliação Escolar e Democratização: o direito de errar. In: AQUINO, J. G.
(coord.) Erro e Fracasso na Escola: alternativas teóricas e práticas. São
Paulo: Summus, 1997. (p.125-140)
SOUSA,
S.Z. Avaliação Escolar: constatações e perspectivas. Revista de Educação AEC,
Brasília -DF, ano 24,nº 94, p.59-66, jan./mar.,1995.
SOUSA, S.Z. Avaliação Institucional:
elementos para discussão. In: O Ensino Municipal e a Educação Brasileira,
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. São Paulo:SME, 1999.