terça-feira, 27 de junho de 2017

Gestão democrática Educacional - Avaliação do desempenho do aluno

A significância da avaliação do desempenho do aluno dentro da gestão democrática no contexto escolar.

    

            Compreendo que avaliar seja medir o grau de entendimento dos alunos com relação aos objetivos propostos.  A partir dos dados coletados através da avaliação que serão trilhados novos caminhos. Direcionando os alunos para que aja entendimento e alcance do que lhe foi apontado.
Segundo o texto escola de gestores da educação básica:
“A avaliação objetiva identificar em que medida os resultados alcançados até então estão próximos ou distantes dos objetivos propostos e, se possível, descobrir as razões desta proximidade ou distanciamento, para permitir que o novo planejamento a ser realizado possa resolver os problemas com mais precisão. Isto serve tanto para avaliação institucional quanto para a avaliação da aprendizagem. Isto é, quando na prática pedagógica avaliamos os nossos alunos, o que estamos pretendendo com isto? Dar conta de uma tarefa necessária? Definir quais serão promovidos para a série seguinte? Definir os “reprovados”? Não! O objetivo de avaliar os alunos é conhecer o que eles sabem quanto sabem e o quão distante ou perto estão dos objetivos educacionais que lhes foram propostos.”.
               Percebo que avaliar é uma estratégia que contribui não só para os professores, mas da um suporte irrefutável para os gestores, portanto é extremamente importante que os educadores estejam atentos a todos os trabalhos efetuados no dia à  dia escolar, através dos cadernos, dos trabalhos em grupos, recortes, enfim todas as atividades aplicadas dentro e fora da sala de aula para assim identificar às habilidades, a coordenação motora, a aprendizagem do sujeito, dentre outras. É através da avaliação que a gestão escolar consegue extrair dados sobre as competências dos alunos para repassar e serem trabalhados pelos responsáveis.
No texto escola de gestores da educação básica nos traduz que:
“No entanto, tradicionalmente, a avaliação que se realiza de modo sistemático na escola é a direcionada para o aluno, sem que os resultados dessa avaliação sejam referenciados ao contexto em que são produzidos. Ou seja, o fracasso ou o sucesso escolar dos alunos tendem a ser interpretados em uma dimensão individual, não sendo tratados como expressão do próprio sucesso ou fracasso da escola.”
                  Essa avaliação é voltada apenas para o aluno e exprime que a escola atual foca na forma individual de avaliar, corroborando que o sucesso ou fracasso no ensino aprendizagem independe do andamento da escola, esquecendo-se de avaliar o desempenho dos professores, do diretor, do pedagogo, entre outros funcionários, onde os créditos ou descréditos são de responsabilidade apenas do sucesso ou insucesso dos alunos, esquecendo-se de exprimir o empenho ou incompetência dos envolvidos, fica “solto”, sem alicerce, afetando o parecer do trabalho efetuado pelos gestores, professores, entre outros.
Quem avalia os professores? Quem avalia os diretores? Quem avalia os envolvidos com o ensino e aprendizagem dos alunos?
               Sousa nos aponta que a avaliação dos integrantes da escola sempre ocorreu na informalidade, e que:  
“Em realidade, a avaliação dos vários integrantes da escola, e também a avaliação dos vários componentes e das diversas dimensões do trabalho escolar, sempre ocorreram de modo informal. Por exemplo: os professores são avaliados pelos alunos, por seus pares, pelos técnicos e pelos dirigentes da escola. O diretor e outros profissionais são avaliados pelos alunos; a infra-estrutura disponível é sempre analisada como fator que facilita ou dificulta o desenvolvimento das atividades; o currículo é objeto de apreciação, particularmente pelo corpo docente; as relações de trabalho e de poder são analisadas quanto ao seu potencial de promoverem ou não um clima favorável no contexto escolar.”
                   A avaliação fortalece-se a partir do momento em que a função do projeto educacional da escola seja de fato primar pelo compromisso e o zelo com a qualidade do ensino do aluno, onde todos os parâmetros avaliativos sejam formatados e nivelados através de reflexão, do envolvimento, dos valores, do olhar de todos pertencentes à comunidade a qual a instituição faz parte.
"Os critérios de avaliação não são estabelecidos de modo dissociado das posições, crenças, visões de mundo e práticas sociais de quem os concebe, mas emergem da perspectiva filosófica, social e política de quem faz o julgamento e dela são expressão. Assim, os enfoques e critérios assumidos em um processo avaliativo revelam as opções axiológicas dos que dele participam". (Sousa, 1997, p. 127).
            Deixo como questionamento, o que tem sido feito na educação através de leis, por professores, gestores, diálogos com a comunidade, para que a avaliação livre-se do “rotulo de prova” em busca de novas perspectivas junto aos percalços encontrados na trajetória do ensino e aprendizagem, outorgando ao sujeito o direito de errar?

          
Rosilene H. Guilherme 06- 2017          
Referências
Avaliação Institucional: Elementos para discussão Sandra M. Zákia L. Sousa 
             Escola de gestores da educação básica
Dimensões da gestão escolar e suas competências Heloísa Lück 2009
SOUSA, S.Z. Avaliação Escolar e Democratização: o direito de errar. In: AQUINO, J. G. (coord.) Erro e Fracasso na Escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997. (p.125-140)
SOUSA, S.Z. Avaliação Escolar: constatações e perspectivas. Revista de Educação AEC, Brasília -DF, ano 24,nº 94, p.59-66, jan./mar.,1995.
  SOUSA, S.Z. Avaliação Institucional: elementos para discussão. In: O Ensino Municipal e a Educação Brasileira, Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. São Paulo:SME, 1999.