domingo, 26 de junho de 2016
Como elencar a participação social na escola para os questionamentos alusivos às políticas públicas da educação.
Como elencar a participação social na escola para os questionamentos
alusivos às políticas públicas da educação.
De que forma
essa atuação deve ser elencada? A história nos remete a constituição de 1988,
onde estimula à participação social, através da criação de conselhos,
movimentos sociais, conferências, seminários, para discussão de políticas
públicas tendo como cenário o processo de descentralização e participação ativa
dos municípios onde os cidadãos exerçam seus direitos e a democracia.
Apesar de
ser lei e definido na constituição de 1988, infelizmente em vários setores
inclusive escolas, a sociedade ainda não tem participação na elaboração e
fiscalização, a maioria dos pais nem sabem que possuem esse direito.
A regra
existe, mas em festas, reuniões, momentos em que a escola “abre as portas” para
os pais participarem, discutir, argumentar e movimentar, eu enquanto mãe e
estagiária percebo situações contraditórias, um “certo” temor dos pais, por
vezes acuados pelos gestores e placas abusivas do tipo: “agredir funcionário
publico mesmo que verbalmente no seu ambiente de trabalho é crime”. Muitas
vezes ouço relatos de que os pais ficam comedidos, por sentirem-se “ameaçados”,
por ignorância de não saber como participar ou por não querer confrontar com
algum tipo de situação indelicada, para não indispor com os professores
despreparados e por vezes agressivos e quando os pais tentam dar um feedback geralmente
são mal compreendidos, despertando um
confronto, perseguição com as crianças, transformando a escola (local onde deveria ser
de construção, de discussão sobre a diversidade, de entendimento e reflexão
sobre opiniões divergentes) em um “campo de batalha”, literalmente um front de
professores generais partindo para guerra psicológica, e algumas vezes físicas
contra os soldados (alunos), deixando marcas para o resto de suas vidas.
Claro que a
escola não é “mão única” nesse discurso de enfrentamentos, existe duas vias, do
mesmo modo que percebo professores e gestores incapacitados, estressados,
existem alunos/pais, mal educados, agressivos, que se quer conhecem a palavra
respeito e com um nicho familiar sem esclarecimentos, sem cultura, sem
formação.
Como quebrar
essa “rixa” , esse paradigma, como torná-los em parceria?
Ė
extremamente importante a interação de pais, sociedade, comunidade com a
escola, representativos e participativos, para que aja de fato uma interação
deliberativa, via conselhos, reuniões, seminários, etc., para buscar soluções
para os conflitos, os embates, percalços, desencadeados nas escolas pelas duas
vias, para obter um crescimento, um amadurecimento tornando a escola um local
de discussão e reflexão, onde o foco seja educação para todos, com qualidade e
pensando no bem maior que é o aluno fazendo com que a escola seja construída
por todos em seu entorno, com foco nas necessidades inerentes do seu meio.
Os conselhos
precisam ser atuantes, instigar envolvimento e movimentos sociais, fazendo
valer as políticas públicas. Vale citar algumas ações que foram desencadeadas a
partir dos movimentos sociais, o ECA (estatuto da criança e adolescente), CMDCA
(Conselhos municipais do direito das crianças e adolescentes), o conselho
tutelar, o conselho escolar que corroboram em prol das crianças e adolescentes
do Brasil.
Através
dos movimentos sociais que há transformação, há mudanças.
O Brasil
esta vivenciando mais um ato político e social com o processo de impeachment da
presidenta Dilma Rousseff. São os movimentos que fazem acontecer. Em pensar que todo esse processo foi
desencadeado por iniciativa da sociedade civil em 2013, logo após aumento das
passagens de ônibus “apenas R$0,20 (vinte centavos)” em São Paulo, “o gigante
acordou” e começou a perceber. O povo do Chuí ao Oiapoque, instigado pelos veículos de comunicação em
massa e debates abertos em redes sociais, inicia-se um processo de reflexão, discussão,
inquirindo e imputando os governantes. Emergiram em 2015 com o movimento
“panelaço” que também trouxe a tona milhares de brasileiros para rua, tendo
como conseqüência o processo de impeachment da presidenta em 2016. Metamorfoseando
o povo em político crítico e participativo.
A força do
povo é uma avalanche!
Rosilene H. Guilherme - 26/06/2016
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