terça-feira, 4 de agosto de 2015

Educação nos anos 70!!!


               

                 Grotescamente começo com a definição de alfabetização:

 “...processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilitam ao aluno ler e escrever com autonomia” (CARVALHO e MENDONÇA, 2006, p.19)

          Ou seja,  estar hábil a  ler e escrever.
           
         Voltar a infância é  voltar as brincadeiras de pique esconde, amarelinha e  indo mais além , pra dizer a verdade bem atrás, nostalgia pura, voltei aos anos 70,direto do Jardim de Infância Patricia  para o Grupo Escolar Hugo Werneck , educação “rígida”, fazíamos silencio quando era solicitado, respeitávamos os professores como se fossem “autoridades” (tínhamos medo), mas acredito que o ensino e qualificação dos professores era de melhor qualidade, chegávamos na escola fazíamos fila, cantávamos o Hino nacional e tomávamos “bomba”, repetíamos a série no próximo ano se não conseguíssemos alfabetizar, “aprender”.
            D. Conceição , este é o nome da  professora que me alfabetizou, pra ser sincera tive que pesquisar para despertar minha memória, me lembrar do quadro negro (louza) que era verde, o giz branco pra escrever (um pó horrível e tóxico) que dava alergia nas mãos das professoras,(cansei de ver feridas na mão de D. XXXXXX professora do 2º ano),   das fichas que eu levava para casa de A à Z, e também com os numerais, primeiro passo aprender o alfabeto e os números de 1 a 10.  O “então” caderno de caligrafia que me dá arrepios, talvez um “trauma” até hoje, minha letra era e continua sendo um “desastre”. Relembro o primeiro nome que não era o meu e/ou de algum dos membros da minha família  (era de um garotinho bonitinho que tinha na minha classe Laís Henrique) escrevi errado o nome dele era Luiz Henrique,as primeiras descobertas “amorosas” e primeiros passos para alfabetização: os bilhetinhos.
              Éramos conduzidos para o “BEABA”, utilizávamos as “cartilhas” método tradicional do 1º ao 4º ano. Primeiro a soletração A a Z, depois íamos juntando as silabas b+a, B+e...... Ba, be, bi,bo,bu, la, le,li, lo, lu etc. Soletração, silabação e fônico exemplo o som do B + A (BA). A matemática também era ministrada a partir do 1º ano, contas de mais (soma) e de menos (subtração).  O “para casa”  (atividades) era formar palavras com as fichas e fazer contas de “mais” e “menos”.

“Nas décadas de 1970 e 1980, todos os métodos de alfabetização utilizados na escola apregoavam que o aluno, para poder ler textos reais, primeiro tinha que ser capaz de decodificar letras e sons (fonemas) corretamente. Não se lia, por exemplo, para uma criança que não sabia ler” (MORTATTI, 2006, p.56)

            Chegávamos ao final do “primeiro ano de grupo” lendo, escrevendo e fazendo contas. A família era participativa e em casa, eu e meus irmãos ao concluirmos o 1º ano, recebíamos em sistema de meritocracia no natal, um relógio de pulso (analógico), revistinhas em quadrinhos,  além de outros mimos que meu pai deixava embaixo da arvore, como conquista de ser “alfabetizado”.  Hoje a realidade é bem distinta.
Referências:
MORTATTI, M. R. L. Alfabetização. In: Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril Ltda, ano XXI, n.197, p.55-58, nov./2006.

CARVALHO, M. A. F.; MENDONÇA, R. H. Práticas de leitura e escrita. Brasília: Editora da UnB,