domingo, 5 de abril de 2015

“Os paradigmas clássicos e a Sociologia da Educação"

Lendo e relendo a vida , conceitos, artigos sobre os três Émille Durkhein, Max Weber e Karl Marx, me fez refletir sobre sociologia  o estudo do individuo com as relações interpessoais pertinentes a uma comunidade específica ou grupos diversos.
 Embasado nas leituras e compreensão, conclui que somos condicionados ao fato social ou seja maneiras coletivas de agir, pensar, sentir , “por pressão”, conforme  a necessidade do meio,(religião,leis, etc) este exercendo  influências nos costumes e tradições familiar ,trabalho, comunidade e isso vai impactar de forma progressiva e diretamente nos valores humanos, de dentro pra fora e de fora pra dentro. Gerando ações/atitudes por hábito, por afeto,por crença, conduzindo um conjunto de influxo que somos “sujeitados” para não viver a margem do contexto de sociabilidade, subordinado a regras ou seja gerindo a própria vida conforme as “normas” da sociedade, levando-nos a pensar quem realmente é o sujeito da história?
  Acredito que a Educação seria o condutor contra esta “alienação” e através deste iremos conseguir  vislumbrar e retirar a” viseira”, quebrando paradigmas  que nos são impostos por esse influxo que estamos fadados.Infelizmente as escolas e profissionais da educação se submetem também a esta influência, e as vezes por falta de recurso ou mesmo material humano pré-disposto a mudanças ,  contrapõe  mantendo-se in loco/inércia.
Também com relação a Educação achei interessante a colocação do autor Tomas Tadeu da Silva no artigo sobre A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO ENTRE O FUNCIONALISMO E O PÓS-MODERNISMO: OS TEMAS E OS PROBLEMAS DE UMA TRADIÇÃO  onde ele expõe o seguinte relato  “Sociologia da Educação: uma ou várias? Aquilo que hoje consideramos como sendo Sociologia da Educação está tão identificado com um referencial crítico dos arranjos sociais e educacionais existentes, principalmente no Brasil, que se torna difícil pensar que este nem sempre foi o paradigma dominante e que ainda não o é em países como os Estados Unidos, por exemplo. É muito difícil traçar-lhe a origem e a consolidação...”(Silva, T.T p05)

Acredito que ainda estamos longe do modelo de Durkheim, como opositor da educação religiosa e defendendo o método científico como forma de desenvolvimento do conhecimento. “O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela", (Durkheim), ou na colocação de Weber educação carismática, especializada e humanística e sua visão da evolução histórica das formas de educação, caracterizada como um progressivo processo de racionalização, na qual a educação assume cada vez mais um aspecto técnico, ou mesmo da  proposta de Marx conforme cita Marlon Antônio Pereira De Souza . em seu artigo ..”  podemos afirmar, que Marx propõe uma prática educacional transformadora, onde a escola teria basicamente um duplo papel: 1°- Desmascarar todas as relações sociais (relações de dominação e exploração) estabelecidas pelo capitalismo no âmbito da sociedade, tornando cada indivíduo consciente da realidade social na qual ele está inserido; 2° - Militar pela abolição das desigualdades sociais, pelo fim da dominação e exploração de uma classe sobre outra; Por último, pela transformação da sociedade.
 “... Como fica a Sociologia da Educação nessa encruzilhada? É talvez a hora de se reafirmar sua vocação crítica e, por que não iluminista, modernista, começando por tentar desmanchar os nós mistificadores da onda neoliberal e da onda pós-modernista. A Sociologia da Educação, na versão que focalizamos neste trabalho, deve sua vitalidade e fecundidade à denúncia dos aspectos de injustiça e desigualdade constitutivos da sociedade em que vivemos. Apesar do proclamado triunfo do capitalismo e do neoliberalismo, esses aspectos estão longe de terem desaparecido. Na verdade, não estamos presenciando o triunfo do neoliberalismo e do capitalismo, mas de sua ideologia. É esta talvez uma oportunidade única para a Sociologia da Educação reafirmar sua vocação crítica, denunciando a mistificação representada pela voga liberal e por este dernier cri ideológico travestido de vanguarda cultural que atende pelo nome de pós-modernismo. Essas mais recentes versões do véu ideológico apenas demonstram que a tarefa de uma Sociologia da Educação está longe de ter sido esgotada: é possível, ao contrário, que tenha apenas começado....” (Silva, T.T p12)
Fontes bibliográficas: 

Livro de Sociologia e textos complementares