Lendo e relendo a vida , conceitos, artigos
sobre os três Émille Durkhein, Max Weber e Karl Marx, me fez refletir sobre
sociologia o estudo do individuo com as
relações interpessoais pertinentes a uma comunidade específica ou grupos
diversos.
Embasado
nas leituras e compreensão, conclui que somos condicionados ao fato social ou
seja maneiras coletivas de agir, pensar, sentir , “por pressão”, conforme a necessidade do meio,(religião,leis, etc)
este exercendo influências nos costumes
e tradições familiar ,trabalho, comunidade e isso vai impactar de forma
progressiva e diretamente nos valores humanos, de dentro pra fora e de fora pra
dentro. Gerando ações/atitudes por hábito, por afeto,por crença, conduzindo um
conjunto de influxo que somos “sujeitados” para não viver a margem do contexto
de sociabilidade, subordinado a regras ou seja gerindo a própria vida conforme
as “normas” da sociedade, levando-nos a pensar quem realmente é o sujeito da
história?
Acredito
que a Educação seria o condutor contra esta “alienação” e através deste iremos
conseguir vislumbrar e retirar a”
viseira”, quebrando paradigmas que nos
são impostos por esse influxo que estamos fadados.Infelizmente as escolas e profissionais
da educação se submetem também a esta influência, e as vezes por falta de
recurso ou mesmo material humano pré-disposto a mudanças , contrapõe mantendo-se in loco/inércia.
Também com relação a Educação achei interessante a
colocação do autor Tomas Tadeu da Silva no artigo sobre A SOCIOLOGIA DA
EDUCAÇÃO ENTRE O FUNCIONALISMO E O PÓS-MODERNISMO: OS TEMAS E OS PROBLEMAS DE
UMA TRADIÇÃO onde ele expõe o seguinte
relato “Sociologia da Educação: uma ou
várias? Aquilo que hoje consideramos como sendo Sociologia da Educação está tão
identificado com um referencial crítico dos arranjos sociais e educacionais
existentes, principalmente no Brasil, que se torna difícil pensar que este nem
sempre foi o paradigma dominante e que ainda não o é em países como os Estados
Unidos, por exemplo. É muito difícil traçar-lhe a origem e a consolidação...”(Silva,
T.T p05)
Acredito que ainda estamos longe do modelo de Durkheim,
como opositor da educação religiosa e defendendo o método científico como forma
de desenvolvimento do conhecimento. “O homem, mais do que formador da
sociedade, é um produto dela", (Durkheim), ou na colocação de Weber
educação carismática, especializada e humanística e sua visão da evolução
histórica das formas de educação, caracterizada como um progressivo processo de
racionalização, na qual a educação assume cada vez mais um aspecto técnico, ou mesmo
da proposta de Marx conforme cita Marlon Antônio Pereira De Souza . em seu artigo ..” podemos afirmar, que Marx propõe uma prática
educacional transformadora, onde a escola teria basicamente um duplo papel: 1°-
Desmascarar todas as relações sociais (relações de dominação e exploração)
estabelecidas pelo capitalismo no âmbito da sociedade, tornando cada indivíduo
consciente da realidade social na qual ele está inserido; 2° - Militar pela
abolição das desigualdades sociais, pelo fim da dominação e exploração de uma
classe sobre outra; Por último, pela transformação da sociedade.
“... Como fica a Sociologia da Educação nessa
encruzilhada? É talvez a hora de se reafirmar sua vocação crítica e, por que
não iluminista, modernista, começando por tentar desmanchar os nós
mistificadores da onda neoliberal e da onda pós-modernista. A Sociologia da
Educação, na versão que focalizamos neste trabalho, deve sua vitalidade e
fecundidade à denúncia dos aspectos de injustiça e desigualdade constitutivos
da sociedade em que vivemos. Apesar do proclamado triunfo do capitalismo e do
neoliberalismo, esses aspectos estão longe de terem desaparecido. Na verdade,
não estamos presenciando o triunfo do neoliberalismo e do capitalismo, mas de
sua ideologia. É esta talvez uma oportunidade única para a Sociologia da
Educação reafirmar sua vocação crítica, denunciando a mistificação representada
pela voga liberal e por este dernier cri ideológico travestido de vanguarda
cultural que atende pelo nome de pós-modernismo. Essas mais recentes versões do
véu ideológico apenas demonstram que a tarefa de uma Sociologia da Educação
está longe de ter sido esgotada: é possível, ao contrário, que tenha apenas
começado....” (Silva, T.T p12)
Fontes bibliográficas:
Livro de Sociologia e textos complementares